17.9.09

Repetitivo

Não, ninguém sabe o que é não poder fechar os olhos porque voltar a abri-los é quase um pesadelo; não poder deitar e dormir porque acordar cada manhã é desesperador demais; não poder descansar em paz porque a vida é quase imposta, à força, cruelmente. Não, ninguém sabe o que se sente, como se sente. Porquê se sente. Se eu ao menos pudesse entender, talvez eu conseguisse mudar. Ou talvez eu não queira mudar. Eu só queria mesmo ser tragada pela terra, e que ninguém pudesse sequer lembrar da minha existência.

15.9.09

Vou embora

Quando eu puder vencer o medo de fracassar nisso também, vou embora. Assim vocês vão entender como é grande essa dor, que já nem sei se posso chamar de dor. Só quando eu for embora vocês vão perceber que eu nunca quis chamar a atenção ou coisa parecida, eu só não podia ser de outra forma. Enfim vocês vão ter a certeza de que eu nunca estive brincando quando disse que seria capaz: a morte não é um brinquedo. E de que me serve continuar vivendo se já estou morta em vida?