8.7.08

Rimas e meias tentativas

Eu sou eu mesma, sem me preocupar com o que o mundo vai pensar de mim. Não preciso provar nada pra ninguém, não preciso que me dêem opiniões. Posso estar triste quando bem entender, e assumir isso não é sinal de fracasso. Corajoso é aquele que se mostra sem máscaras, que se deixa conhecer.
Posso ter medos e derramar lágrimas, não preciso ser forte o tempo todo. Posso curtir meu momento de solidão, posso estar bem assumindo que não estou. Não sou obrigada a dar explicações, os que entenderiam não precisam delas; e posso muito bem me virar sozinha.
Eu sou aquela que pede desculpas sem ter feito nada, sem ter realmente a culpa, mas apenas para evitar brigas; eu quero estar sempre por cima, porque entrar no jogo é perder a classe. Eu não gosto de provocar, a indiferença é uma arma mais poderosa; eu não levo nada adiante, sou sempre curta e grossa.
Eu nunca sei do que estão falando as pessoas que têm o ego grande; eu não tenho orgulho e não preciso alimentar nada. Eu prefiro sempre a verdade, não gosto de enganações; saber usar as palavras é uma arte para poucos e bons. As certas machucam e as erradas também, enfim.
Eu gosto é de viver em paz, peso na consciência não é pra mim não; eu guardo na memória só aquilo que é bom. Tá bom, não.
Eu sempre acho que estou errada e bato mil vezes na mesma tecla, mas eu sou assim e não consigo me ver diferente. A vida dá muitas voltas, é verdade, mas vou mantendo minha ingenuidade, até lá eu ganho experiência, o sofrimento nunca é em vão. A gente se engana muito ao esperar algo dos outros, mas o que nunca poderemos prever é uma reação. O inesperado sempre desarma, o inesperado é o fim.