23.3.09

Abismo

Tá doendo. Cada centímetro do meu corpo ferve, cada lágrima que ameaça escorrer é um sinal a mais da minha fragilidade, da minha maldita insegurança. E é difícil aceitar a porção de culpa que me cabe, ou a culpa por inteiro. Ninguém além de mim deve pagar pelos meus erros.
Parece absurdo sofrer agora se eu poderia ter evitado. Talvez pudesse ser diferente se eu agisse certo alguma vez. Talvez eu ainda acreditasse na vida. Mas tá doendo muito. Tanto que essas lágrimas têm gosto de derrota. E eu nunca serei capaz de nada se não for capaz de acreditar nisso. Eu nunca serei capaz de nada.